Postado Qua 29 Jun 2011 - 5:06
Habitualmente designada por Berço da Nacionalidade, a cidade de Guimarães possui características ímpares que a distinguem de outras cidades portuguesas e a colocam num lugar de relevo na História de Portugal, o que lhe confere tal epíteto.
O Centro Histórico, visado na classificação da UNESCO atribuída em Dezembro de 2001, foi objecto, desde 1984, de um cuidadoso e exaustivo processo de recuperação e requalificação urbanística que veio a dar os seus frutos com a consagração como Património Cultural da Humanidade.
É actualmente uma forte candidata à cidade Capital Europeia da Cultura em 2012.
Hoje em dia é unanimemente reconhecido que o nome e a imagem do “Centro Histórico” da Cidade de Guimarães extravasaram há muito as fronteiras do domínio público, com uma sempre subjacente ideia de qualidade associada. O reconhecimento e o interesse, nacionais e internacionais, foi crescendo devido ao rigor dos critérios adoptados e aos discretos cuidados com que durante alguns anos a autarquia Vimaranense foi processando e patrocinando uma intervenção que, suscitando formas e renovando funcionalidades, reabilitou para a cidade e para o presente antigas e esquecidas espacialidades.
Em anos mais recentes foram concretizados alguns projectos e ambições antigas. A reabilitação dos espaços públicos, de edifícios municipais, cedendo a sua forma a novas funções e o apoio técnico e financeiro à iniciativa privada, constituíram três das principais linhas estratégicas que sustentam a concretização dos dois objectivos que norteiam a intervenção no Centro Histórico de Guimarães:
- A reabilitação do Centro Histórico de Guimarães visa a recuperação e preservação do património construído de qualidade formal e funcional, cuja autenticidade é necessário manter no seu todo pelo que a reabilitação passa também pela utilização dos materiais e das técnicas tradicionais.
- O segundo objectivo reside na manutenção da totalidade da população residente, dotando-a de melhores condições de habitabilidade. O trabalho de reabilitação do Centro Histórico, pelo seu rigor de intervenção e carácter exemplar, recebeu já o prémio Europa Nostra, em 1985, o 1º prémio da Associação dos Arquitectos Portugueses, em 1993 e o prémio da Real Fundação de Toledo, em 1996.
Entretanto, a assunção por parte do Município de se constituir como exemplo a seguir, reforçada na continuidade dessas acções iria induzir nos privados a iniciativa e o gosto pela reapropriação do seu espaço e também a invenção de muitas formas do viver na área antiga da cidade, marcando-as com o sentido de Colectividade e o sentido de Humanidade que têm sido e só podem ser o fundamento de uma intervenção comummente assumida. Isto significa menos dirigismo e menor empolamento formal das iniciativas públicas e das acções técnicas e regulamentares (ao contrário do que, infelizmente, tem sido mais corrente).
Tenha-se em conta que o tempo é normalmente um árduo adversário de difícil gestão, mas que não deixa nunca de ser um recurso a mobilizar e integrar, não sendo nunca, por essa razão, completamente perdido...Tudo se passa como se o mesmo herói desconhecido que descobriu esta maravilhosa filigrana envelhecida regressasse e ainda anonimamente viesse reanimar (no sentido da raiz latina...) a tradição, e apenas entreabrir um janela do futuro. O mais difícil será acordar esta personagem sem estremecimentos e sem sobressaltos.
A Praça de Santiago, a Rua de Santa Maria, o Largo do Toural, a Rua D. João I são apenas alguns dos elementos que não podem deixar de ser apreciados no património de Guimarães.
Descubra Guimarães em http://www.cm-guimaraes.pt/PageGen.aspx
Fonte: festas2008sanjoaninas