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 Budha

Budha
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O campo de tortura é gerido pelas forças de segurança do Zimbabué e tudo indica que está em funcionamento há pelo menos três anos, de acordo com as testemunhas ouvidas pela BBC . As vítimas são aparentemente submetidas a espancamentos, agressões sexuais e ataques de cães.

As queixas intensificaram-se após a União Europeia ter demonstrado interesse em recolocar nos mercados mundiais os diamantes provenientes do Zimbabué. A sua venda teria sido proibida por ação do Processo Kimberley, em 2009, devido aos abusos contra os Direitos Humanos levados a cabo pelas forças de segurança, resistentes ao Governo, que controlam os campos de diamantes de Marange.

Num documento consultado pela BBC, datado do mês passado, a União Europeia mostrava-se confiante que duas minas da área de Marange já estariam a cumprir os padrões exigidos pelo Processo Kimberley e poderiam voltar a exportar diamantes.

Os padrões incluem o combate às escavações ilegais, à mineração artesanal, ao contrabando e a identificação dos investidores, de forma a impedir que os lucros sejam usados por grupos rebeldes na luta contra os governos legítimos.

Violação dos Direitos Humanos dura há três anos


O maior campo de tortura localiza-se na zona de Zengeni, perto de Marange, e está a cerca de 1,6 quilómetros de uma das minas que a EU quer aprovar as exportações.

Os testemunhos prestados à BBC, pelos prisioneiros libertados, revelam que o campo de tortura opera há cerca de três anos, castigando os trabalhadores - recrutados pela polícia e pelos militares para as escavações ilegais de diamantes - que exigem uma maior percentagem dos lucros. Civis que sejam apanhados a escavar por conta própria também são ali castigados.
Homens chicoteados, mulheres violadas

"Levamos 40 chicotadas de manhã, 40 à tarde e outras 40 à noite" revela uma das vítimas. Os espancamentos também são realizados com pedras e muitas vezes são atiçados cães aos prisioneiros.

Outra testemunha afirma que os homens são mantidos no campo durante vários dias, até virem novos presos, mas as mulheres são libertadas mais rapidamente, após serem violadas.

A ação do chamado Processo Kimberley surge em 2000 e consiste numa iniciativa internacional da indústria de diamantes, governos e organizações não-governamentais com o objetivo de manter o fluxo de diamantes de sangue afastado dos mercados lucrativos.
Em 2009, o Processo Kimberley proibiu a venda de diamantes provenientes da zona de Marange, alegando a continuidade de violência no local e a violação dos direitos humanos por parte das forças de segurança que controlam as minas ilegais. Contudo, os diamantes continuaram a sair do país sob a forma de contrabando, nas fronteiras do Zimbabué com a África do Sul e com Moçambique.

Nick Westcott, representante do grupo de monitorização do Projeto Kimberley, afirm que a descoberta dos campos de tortura não foi reportada à organização.

União Europeia aprova exportação

A proposta apresentada pela União Europeia concorda com a exportação de diamantes provenientes de duas minas em Marange, nas quais as exigências do Processo Kimberley são aparentemente cumpridas. Exige, no entanto, que se continue a monitorizar o local.

O grupo de defesa dos direitos humanos, Global Witness, acredita que grande parte dos lucros obtidos na exploração de diamantes em áreas de conflito continuam a financiar guerras civis entre os grupos rebeldes e os respetivos governos em vários países africanos.

Expresso

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