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 Guardian

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O Ibovespa fechou a sexta-feira em alta de 0,24%, para 53.473 pontos. A semana, que começou com anúncios do fim do mundo no mercado financeiro, terminou com valorização para o Ibovespa. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que desmanchou 8,08% na segunda-feira passada, encerrou a semana em terreno positivo.

Na sexta-feira passada, a Standard and Poor’s anunciou o rebaixamento da classificação de risco soberana dos Estados Unidos. O anúncio pegou o mercado brasileiro fechado, e o Ibovespa já havia encerrado seus negócios em 52.949 pontos. Uma semana depois, o Ibovespa teve uma recuperação semanal de 0,98%.

No sobe e desce da Bolsa desta semana, os investidores estrangeiros foram responsáveis pelos maiores movimentos de venda, enquanto as empresas e os institucionais compraram mais ações, pelo menos nos três primeiros pregões.

Segundo dados da BM&FBovespa, os investidores do exterior tiveram uma saída líquida de R$ 284 milhões de segunda a quarta-feira. Enquanto isso, os institucionais tiveram uma entrada líquida de R$ 239 milhões. As empresas, por sua vez, tiveram um saldo positivo de compras de ações de R$ 338 milhões.

Márcio Cardoso, diretor da Título Corretora, afirma que as empresas compram pois acreditam que suas ações estão subavaliadas no mercado. Em relação à saída dos estrangeiros, Cardoso afirma que é pequena, comparativamente ao volume que eles movimentam. “Eles chegam a responder por 40% dos negócios da Bolsa,” diz.

A semana também termina com perdas bem menores nas principais bolsas mundiais. Depois dos tombos, Londres fecha a semana com alta de 1,41%, Paris com queda de 1,98%, Madri com -0,27%, Milão com -0,79% e apenas a Alemanha e o Japão ficaram com perdas maiores, de -3,8% e -3,6%, respectivamente. Dow Jones perdeu 1,5% na semana e Nasdaq caiu 0,98%. Nesta sexta-feira, Dow Jones subiu 1,13% e Nasdaq teve ganho de 0,61%.

Confira mais detalhes do pregão de hoje no mundo:

Bovespa segue exterior e tem quarto dia de alta

Ao longo da semana, analistas disseram que o rebaixamento dos Estados Unidos já era amplamente esperado, mas era importante pois indicava uma mudança na ordem econômica global. Vários relatórios foram divulgados tentando decifrar esse novo futuro, mas um consenso foi se formando. Por enquanto, os investidores vão continuar comprando os títulos dos EUA, por um motivo simples: não há país que ofereça liquidez suficiente para substituir os Estados Unidos no posto de país usado para formar reservas.

Mesmo com as ameaças contra sua economia, o dólar fechou seguidos pregões em alta, reforçando sua posição de moeda global. Para especialistas, o mundo pode estar caminhando para uma diversificação de moedas, mas isso não acontecerá agora.

Hoje, notícias na Europa e nos Estados Unidos estão trazendo fôlego extra aos negócios.

A União Europeia (UE) anunciou que as autoridades reguladoras locais de vários países vão proibir a venda de ações a descoberto a partir desta sexta-feira - quando um participante do mercado vende um ativo financeiro sem ter o ativo em mãos, para tentar ter um lucro em cima da venda quando seu preço cair. A notícia beneficiou as ações dos bancos, que despencaram nos pregões anteriores.

Além disso, uma missão da União Europeia e do FMI avaliou positivamente os três primeiros meses do resgate financeiro a Portugal. Depois, a Itália deu detalhes de seu plano de ajuste econômico, que prevê cortes de 45 bilhões de euros.

Nos Estados Unidos, números positivos do varejo sustentaram as altas em Nova York.

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