Postado Dom 29 Ago 2010 - 18:59
A investigação sobre meros, uma das maiores espécies de peixes marinhos, está suspensa nos Açores. De acordo com o biólogo João Pedro Barreiros, tal deve-se a uma «decisão prepotente» que proibiu a captura por caça submarina para efeitos científicos.
«O conhecimento que existe sobre meros no Oceano Atlântico foi produzido por mim e por equipas que liderei e tudo isto ter um fim devido a uma medida prepotente que resulta da ignorância sobre o assunto e de temores políticos não faz qualquer sentido», afirmou o investigador, em declarações à Lusa.
João Pedro Barreiros, da Universidade dos Açores, tem dedicado a sua carreira ao estudo dos meros, uma espécie cujos exemplares podem atingir 400 quilos e mais de 2,5 metros de comprimento. Este ano, pela primeira vez, viu rejeitado o pedido para capturar meros por caça submarina, o que suspendeu as investigações em curso.
«Os meus colegas acham que devo estudar os meros de outra forma, mas não sei como (chegaram a essa conclusão) porque sou o único a estudar meros fora do Mediterrâneo», disse o investigador.
«A captura apenas é proibida em caça submarina, podem-se apanhar meros de qualquer forma e em qualquer época do ano, não há épocas de defeso, nem tamanhos mínimos de captura», frisou, denunciando o que considera ser «um preconceito contra a caça submarina».
João Pedro Barreiros considera que a caça submarina «é a única forma de pesca ecológica e selectiva, porque permite recolher exactamente o que se pretende».
O investigador considera que «não há nenhuma razão para proibir a caça submarina aos meros» para fins científicos, considerando que a decisão «não tem explicação lógica nem científica».
O subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, revelou à Lusa que o pedido apresentado pelo investigador para capturar meros por caça submarina foi recusado na sequência de um parecer negativo do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.
O parecer, segundo Marcelo Pamplona, «considera que não deve ser permitida a captura sem que sejam apresentados argumentos científicos mais claros, detalhados e justificativos». Por isso, as autoridades regionais «aguardam que o pedido seja reformulado», acrescenta.
TVI24
«O conhecimento que existe sobre meros no Oceano Atlântico foi produzido por mim e por equipas que liderei e tudo isto ter um fim devido a uma medida prepotente que resulta da ignorância sobre o assunto e de temores políticos não faz qualquer sentido», afirmou o investigador, em declarações à Lusa.
João Pedro Barreiros, da Universidade dos Açores, tem dedicado a sua carreira ao estudo dos meros, uma espécie cujos exemplares podem atingir 400 quilos e mais de 2,5 metros de comprimento. Este ano, pela primeira vez, viu rejeitado o pedido para capturar meros por caça submarina, o que suspendeu as investigações em curso.
«Os meus colegas acham que devo estudar os meros de outra forma, mas não sei como (chegaram a essa conclusão) porque sou o único a estudar meros fora do Mediterrâneo», disse o investigador.
«A captura apenas é proibida em caça submarina, podem-se apanhar meros de qualquer forma e em qualquer época do ano, não há épocas de defeso, nem tamanhos mínimos de captura», frisou, denunciando o que considera ser «um preconceito contra a caça submarina».
João Pedro Barreiros considera que a caça submarina «é a única forma de pesca ecológica e selectiva, porque permite recolher exactamente o que se pretende».
O investigador considera que «não há nenhuma razão para proibir a caça submarina aos meros» para fins científicos, considerando que a decisão «não tem explicação lógica nem científica».
O subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, revelou à Lusa que o pedido apresentado pelo investigador para capturar meros por caça submarina foi recusado na sequência de um parecer negativo do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.
O parecer, segundo Marcelo Pamplona, «considera que não deve ser permitida a captura sem que sejam apresentados argumentos científicos mais claros, detalhados e justificativos». Por isso, as autoridades regionais «aguardam que o pedido seja reformulado», acrescenta.
TVI24