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Postado Qua 13 Abr 2011 - 20:30
Depois da confirmação do apuramento do Manchester United e do Barcelona, a Liga dos Campeões segue esta quarta-feira com mais dois jogos de grande cartaz. O Real Madrid leva vantagem de 4-0 para White Hart Lane onde o espera um Tottenham ainda optimista no «milagre». Em Gelsenkirchen há história idêntica: o Schalke actua perante os seus com uma surpreendente vantagem de 5-2 sobre o campeão europeu, o Inter. Mas Leonardo confia em «reviravolta».
Tottenham x Real Madrid: Mourinho assinala jogo 500 como treinador
A noite é especial para Mourinho, antes de ser especial para todos os outros. O treinador português regressa à sua amada Inglaterra e aí realiza o jogo 500 da sua carreira. Um marco histórico, ao qual Mourinho quer naturalmente juntar nova vitória. Os 4-0 da primeira mão no Bernabéu são um resultado «bom», mas apenas isso, alerta o técnico detentor da troféu.
«O resultado é bom, mas não é definitivo. Temos de terminar um trabalho que não está acabado. No futebol ocorrem milagres e o futebol pode trair. De qualquer forma, não acredito que o Tottenham marque cinco golos, porque também vamos tentar marcar. É muito fácil fazer a nossa equipa para amanhã, mesmo sem eu o dizer. Em San Mamés demos descanso a jogadores que estavam a jogar muito, como Xabi ou Özil, que vão jogar contra o Tottenham. Quem esteve no banco no sábado, [casos também de Ronaldo, Marcelo, Ricardo Carvalho e Adebayor] amanhã estará em campo», precisou o Special One.
O Real Madrid tem de gerir esta partida não só quanto à passagem às meias-finais, onde já o espera o Barcelona, como na questão dos cartões, já que são vários os merengues em risco. «Sabemos que é uma situação complicada mas não vou trocar de jogadores por causa dos cartões, vou apostar no onze que achar melhor. Somos diferentes, a outros permitem coisas que a nós não são permitidas. Não quero pensar muito nessa situação. Os jogadores têm de ser inteligentes e temos de confiar que o adversário apenas pense em jogar e não em criar situações difíceis», atirou.
«Somos dos poucos que não perderam nenhum jogo nesta Champions: temos 7 vitórias e 2 empates. Se pudermos manter esta invencibilidade, melhor, para melhorar o ranking do Real Madrid, para que volte a ser cabeça-de-série, como deve ser. Estamos somente concentrados no Tottenham», destacou ainda Mourinho.
Do outro lado estará um dos mais experientes treinadores do futebol inglês, Harry Redknapp, confesso admirador do trabalho do português. E ainda crente numa surpresa.
«Todos acham que esta eliminatória está resolvida. Mas nós sabemos que somos uma boa equipa e que podemos jogar bem aqui, em White Hart Lane. Também sabemos que seria um milagre, mas os milagres acontecem. Temos de acreditar no nosso trabalho e, se jogarmos muito mas muito bem, tudo pode acontecer. Gostaria de estar numa posiçao mais próxima do Real Madrid mas por certa razões, que todos sabem e viram, não deu. Levá-los aos penalties era bom», brincou o líder dos spurs.
Mais a sério, Redknapp reforçou a «temporada muito boa» do Tottenham e lembrou, como facto moralizador para os seus, os poucos desaires sofridos no terreno desta noite. «A derrota no Bernabéu foi uma exceção. A vitória seguinte [para a Premier League] era simplesmente a resposta que eu esperava, pois jogamos assim semanalmente. Quantas vezes perdemos em casa desde que eu estou no clube? Não foram muitas, de certeza», espicaçou o britânico.
Schalke x Internazionale
Na Alemanha, há também um grande estádio a postos para um animado duelo. O Schalke surpreendeu tudo e todos ao golear por 5-2 no San Siro e defende agora a tranquilidade em Gelsenkirchen. Mas o adversário é o campeão europeu, antiga equipa de Mourinho, nada avesso a «milagres».
Leonardo e Lúcio, treinador e central nerazzurri, apostam no «tudo é possível» para dar a volta à eliminatória.
«Tenho todo o grupo à disposição. Isso é bom porque temos jogadores com experiência. Alguns estiveram em situações semelhantes e sabem que tudo é possível no futebol. Querem mostrar que o que aconteceu no primeiro jogo foi um acidente. Precisamos de fazer um grande jogo e cometer poucos erros. Temos que conseguir um resultado e sabemos que será difícil mas porque não imaginar que o que aconteceu em San Siro pode voltar a acontecer aqui, a nosso favor? Temos o maior respeito pelo nosso adversário mas queremos inverter as coisas. Vencer por quatro golos de diferença acontece no futebol e há muitos exemplos no passado. É por isso que acreditamos», projectou o técnico brasileiro.
Da mesma forma, o defesa canarinho, um dos baluartes do clube, admitiu «o desastre» no confronto inicial mas espera agora «uma grande partida» dos italianos.
«A partida em Milão foi um desastre que temos que esquecer. Acredito que nos faltou algo no aspecto psicológico, especialmente depois do clássico contra o AC Milan. O 5-2 mostrou que estávamos num estado de ânimo péssimo. É certo que estamos cansados, mas isso é algo que nós, jogadores, precisamos de saber contornar. Não podemos usar isso como justificação para uma derrota por uma diferença tão ampla mas o resultado final foi exagerado, são golos demais, ninguém poderia imaginar. Nós éramos os favoritos, mas no futebol isso de ser favorito não existe. Dentro da equipa, no balnerário do Inter, não pensávamos assim. Agora não se trata apenas de ganhar, temos de ganhar com quatro golos de diferença e isso é o mais difícil. Tudo está a favor do Schalke, eles terão todo o estádio a apoiar, estão em melhores condições físicas e têm um resultado que lhes favorece. Creio que o Inter deve jogar um futebol ofensivo desde o primeiro minuto e vamos tentar fazê-lo, vamos acreditar em nós mesmos para conseguir», prometeu Lúcio.
No sector intermediário dos adversários está Matip, um jovem de 19 anos que dá os primeiros passos na Liga dos Campeões mas já sabe falar como um veterano. «Temos uma boa vantagem, mas o adversário é muito forte e temos de estar preparados para tudo. Não vamos jogar à defesa. Ficámos numa posição favorável após a primeira mão mas queremos abordar este desafio com a determinação e ambição mostrada em Milão, com enorme entreajuda entre todos nós. Estou muito grato a Eto'o, tem-me ajudado a crescer [ndr: são compatriotas] mas, se eu for titular na quarta-feira, ele será apenas mais um adversário. Vou encará-lo da mesma forma que qualquer outro jogador do Inter», garantiu o camaronês que hoje faz parte de um clube com registo caseiro invicto frente a italianos.
ZeroZero
Tottenham x Real Madrid: Mourinho assinala jogo 500 como treinador
A noite é especial para Mourinho, antes de ser especial para todos os outros. O treinador português regressa à sua amada Inglaterra e aí realiza o jogo 500 da sua carreira. Um marco histórico, ao qual Mourinho quer naturalmente juntar nova vitória. Os 4-0 da primeira mão no Bernabéu são um resultado «bom», mas apenas isso, alerta o técnico detentor da troféu.
«O resultado é bom, mas não é definitivo. Temos de terminar um trabalho que não está acabado. No futebol ocorrem milagres e o futebol pode trair. De qualquer forma, não acredito que o Tottenham marque cinco golos, porque também vamos tentar marcar. É muito fácil fazer a nossa equipa para amanhã, mesmo sem eu o dizer. Em San Mamés demos descanso a jogadores que estavam a jogar muito, como Xabi ou Özil, que vão jogar contra o Tottenham. Quem esteve no banco no sábado, [casos também de Ronaldo, Marcelo, Ricardo Carvalho e Adebayor] amanhã estará em campo», precisou o Special One.
O Real Madrid tem de gerir esta partida não só quanto à passagem às meias-finais, onde já o espera o Barcelona, como na questão dos cartões, já que são vários os merengues em risco. «Sabemos que é uma situação complicada mas não vou trocar de jogadores por causa dos cartões, vou apostar no onze que achar melhor. Somos diferentes, a outros permitem coisas que a nós não são permitidas. Não quero pensar muito nessa situação. Os jogadores têm de ser inteligentes e temos de confiar que o adversário apenas pense em jogar e não em criar situações difíceis», atirou.
«Somos dos poucos que não perderam nenhum jogo nesta Champions: temos 7 vitórias e 2 empates. Se pudermos manter esta invencibilidade, melhor, para melhorar o ranking do Real Madrid, para que volte a ser cabeça-de-série, como deve ser. Estamos somente concentrados no Tottenham», destacou ainda Mourinho.
Do outro lado estará um dos mais experientes treinadores do futebol inglês, Harry Redknapp, confesso admirador do trabalho do português. E ainda crente numa surpresa.
«Todos acham que esta eliminatória está resolvida. Mas nós sabemos que somos uma boa equipa e que podemos jogar bem aqui, em White Hart Lane. Também sabemos que seria um milagre, mas os milagres acontecem. Temos de acreditar no nosso trabalho e, se jogarmos muito mas muito bem, tudo pode acontecer. Gostaria de estar numa posiçao mais próxima do Real Madrid mas por certa razões, que todos sabem e viram, não deu. Levá-los aos penalties era bom», brincou o líder dos spurs.
Mais a sério, Redknapp reforçou a «temporada muito boa» do Tottenham e lembrou, como facto moralizador para os seus, os poucos desaires sofridos no terreno desta noite. «A derrota no Bernabéu foi uma exceção. A vitória seguinte [para a Premier League] era simplesmente a resposta que eu esperava, pois jogamos assim semanalmente. Quantas vezes perdemos em casa desde que eu estou no clube? Não foram muitas, de certeza», espicaçou o britânico.
Schalke x Internazionale
Na Alemanha, há também um grande estádio a postos para um animado duelo. O Schalke surpreendeu tudo e todos ao golear por 5-2 no San Siro e defende agora a tranquilidade em Gelsenkirchen. Mas o adversário é o campeão europeu, antiga equipa de Mourinho, nada avesso a «milagres».
Leonardo e Lúcio, treinador e central nerazzurri, apostam no «tudo é possível» para dar a volta à eliminatória.
«Tenho todo o grupo à disposição. Isso é bom porque temos jogadores com experiência. Alguns estiveram em situações semelhantes e sabem que tudo é possível no futebol. Querem mostrar que o que aconteceu no primeiro jogo foi um acidente. Precisamos de fazer um grande jogo e cometer poucos erros. Temos que conseguir um resultado e sabemos que será difícil mas porque não imaginar que o que aconteceu em San Siro pode voltar a acontecer aqui, a nosso favor? Temos o maior respeito pelo nosso adversário mas queremos inverter as coisas. Vencer por quatro golos de diferença acontece no futebol e há muitos exemplos no passado. É por isso que acreditamos», projectou o técnico brasileiro.
Da mesma forma, o defesa canarinho, um dos baluartes do clube, admitiu «o desastre» no confronto inicial mas espera agora «uma grande partida» dos italianos.
«A partida em Milão foi um desastre que temos que esquecer. Acredito que nos faltou algo no aspecto psicológico, especialmente depois do clássico contra o AC Milan. O 5-2 mostrou que estávamos num estado de ânimo péssimo. É certo que estamos cansados, mas isso é algo que nós, jogadores, precisamos de saber contornar. Não podemos usar isso como justificação para uma derrota por uma diferença tão ampla mas o resultado final foi exagerado, são golos demais, ninguém poderia imaginar. Nós éramos os favoritos, mas no futebol isso de ser favorito não existe. Dentro da equipa, no balnerário do Inter, não pensávamos assim. Agora não se trata apenas de ganhar, temos de ganhar com quatro golos de diferença e isso é o mais difícil. Tudo está a favor do Schalke, eles terão todo o estádio a apoiar, estão em melhores condições físicas e têm um resultado que lhes favorece. Creio que o Inter deve jogar um futebol ofensivo desde o primeiro minuto e vamos tentar fazê-lo, vamos acreditar em nós mesmos para conseguir», prometeu Lúcio.
No sector intermediário dos adversários está Matip, um jovem de 19 anos que dá os primeiros passos na Liga dos Campeões mas já sabe falar como um veterano. «Temos uma boa vantagem, mas o adversário é muito forte e temos de estar preparados para tudo. Não vamos jogar à defesa. Ficámos numa posição favorável após a primeira mão mas queremos abordar este desafio com a determinação e ambição mostrada em Milão, com enorme entreajuda entre todos nós. Estou muito grato a Eto'o, tem-me ajudado a crescer [ndr: são compatriotas] mas, se eu for titular na quarta-feira, ele será apenas mais um adversário. Vou encará-lo da mesma forma que qualquer outro jogador do Inter», garantiu o camaronês que hoje faz parte de um clube com registo caseiro invicto frente a italianos.
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